Polêmica é o sobrenome do debate sobre o homossexualismo. Não tem jeito. A polícia do “politicamente correto” impede muita gente de falar o que realmente pensa sobre isso, passando uma falsa impressão de que todos aceitam e ninguém é a favor das ideias do Jair Bolsonaro. É, na verdade, um tema alçado aos níveis do aborto, pena de morte e fé x ciência, no quesito “discussão sem fim”, principalmente no que diz respeito a saber se é uma questão de opção, decisão, ou sentimento inato. Há defensores de todas as teses e que estão em todos os times. Mas, como sou chegado a um belo debate desses que não acabam até alguém (talvez, por que não, eu mesmo?) se convencer, vou aqui cutucar mais uma vez esse vespeiro.
Antes, deixo clara aqui minha opinião resumida: Não sou apologeta do homossexualismo; não vou torcer para ter um filho que seja; não vou estimular; se tiver, vou aceitar com amor; sou contra preconceito pelo simples fato de alguém ser homossexual. Enfim, existe o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/06, que busca incluir a homofobia junto aos crimes de preconceito, aqueles que a gente lê na plaquinha dentro do elevador. Querem evitar manifestações ligadas a isso, o que é altamente justificável. Mas, todo mundo sabe que quanto mais específicas forem as leis, mais específico será o tratamento e mais específico será o olhar da sociedade sobre os beneficiados. Incluir o termo “homofobia” na lei, portanto, não vai mudar absolutamente nada.
Se formos seguir essa lógica, deveriam então incluir na lei o termo “baianofobia”, que são altamente discriminados em São Paulo. Deveriam colocar “paraíbofobia”, no Rio, pelo mesmo motivo. Incluam logo “bolivianofobia”, “judeufobia” (aí já tem uma palavra só pra eles), “branquelofobia”, “gordofobia”, “magrelofobia”, “carecofobia”, “tímidofobia”, “estranhofobia”, “paraplégicofobia” etc. É enorme a lista das vítimas de piadas e preconceito, que são, na realidade, bullying em diversos níveis. No entanto, esses daí não terão, jamais, um movimento de “orgulho gordo”, por exemplo. Percebem? Ora, homofobia é preconceito e se algo deve ser combatido é todo e qualquer tipo de preconceito. Isso sim seria positivo para a sociedade inteira, e não só para os homossexuais.
Por outro lado, imaginemos o mundo politicamente correto, como seria bem sem graça... O Costinha, se fosse vivo, atualmente estaria sofrendo com campanhas negativas na Internet e risco de ser linchado na rua porque sempre contava piadas que começavam: “Tinha lá uma bichinha...”, e ia fazendo seus trejeitos e tal. O povo morria de rir. O negócio é ter equilíbrio. Saber aguentar uma piada e rir de si mesmo também é uma virtude. Piada depende do bom senso de quem conta, local e público. Humilhação pode ser o resultado de uma piada sem bom senso. Enfim... Como já previa, é uma discussão que não terminará tão cedo. Vamos ver onde as coisas “vão dar” (entenderam?).
Obs: Gostaram da ilustração? Ou tá meio...